terça-feira, 19 de julho de 2016

São João Batista, 58 anos de emancipação e 172 anos de história


São João Batista, município que tem o S de simpatia, de solidário, de sensacional. Tem o A de agradável, de acolhimento. O O de otimista e o J de um jovem que ganha idade sem perder a disposição. Sem esquecer do B de bondade e o T de trabalho. A propósito, muito trabalho. São 58 anos divididos entre a potente e inesquecível Usati e a próspera indústria calçadista. A Usati  gerou desenvolvimento, e por um momento, também deu susto, desespero. Afinal como a cidade viveria sem o vai e vem dos caminhões de açúcar. E todas aquelas pessoas que pelo município jamais viriam não fosse a tal usina, que até time de futebol tinha. Mas, o doce não amargou. As pessoas, na maioria ficaram e seguiram novos rumos. Um novo ciclo se iniciava e surpreenderia anos depois. Isso graças a coragem, ousadia e força de cada cidadão. Veio um novo tempo. Passo a passo a cidade foi  transformada de novo. 

O arranjo produtivo local ganhou destaque nacional. Os sapatos, verdadeiras joias, conquistaram estilistas renomados e foram parar na principal semana de moda do país e do mundo. São João  é essa cidade que dá gosto de escrever. Um município que abraça todos. Não por acaso nos últimos anos está sempre no topo dos que mais cresceram em população. Isso porque a sua paisagem principal são as pessoas. Gente do bem. Gente hospitaleira. Gente que merece os parabéns! Gente que  enfrenta problemas e crises como qualquer outro pedacinho desse mundo, mas sem nunca perder a fé e a esperança. Feliz Aniversário São João Batista. São 58 anos de emancipação, dia 19 de julho, mas 172 anos de belas histórias para contar desde que o Capitão Amorim chegou.


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Jantar romântico promove reflexão sobre saudade

Você já parou para pensar se deixaria saudade  no coração do seu cônjuge caso se despedisse da vida hoje? Essa foi a tônica da breve, mas profunda mensagem ministrada pelo pastor presidente da igreja Luz da Vida, Charles Pereira, na noite de sábado, 4, durante um jantar romântico promovido pela igreja de Nova Trento, na Mantoanelli Pizzaria e Eventos.  Num ambiente aconchegante com uma decoração romântica onde o amor transbordou, o pastor enfatizou que quando colocamos Jesus no centro do casamento, as dificuldades não desaparecem, mas são vistas por outro ângulo. “As crises também não deixam de existir, mas a ótica de Jesus faz com que tenhamos uma solução pra cada situação. O amor de Jesus nos ensina a pensar primeiro na felicidade do outro”, ressaltou.
Além disso, o pastor promoveu uma reflexão sobre a forma como cada um é criado, que influencia nas nossas atitudes na vida adulta.

O pastor responsável pela igreja de Nova Trento, Saulo Beling acrescentou que o objetivo do jantar foi mostrar que em pleno século XXI podemos ter relacionamentos duradouros, com amor até que a morte os separem.
Entre os casais que participaram, Francine Claudino Franzoi e Wilson declararam que já aguardam o próximo ansiosos. “Nós acreditamos no amor, porque acreditamos e aceitamos o amor de Jesus, é Ele que faz toda diferença”.

Sorteio de brindes
A noite contou com sorteio de brindes que foram doados pela Loja Mirbele (Roupas), Vinhos Girola (Café Colonial), Mantoanelli Pizzaria e Eventos (Jantar),  Aygle Danielski Fotografia (Sessão de fotos) e Pastor Charles Pereira (Livros).



Saiba mais

No ano 2000, na cidade de Balneário Camboriú, nasceu a Igreja Luz da Vida. Sob a liderança do Pr.Charles e da Pra.Rosa Maria Pereira, a igreja iniciou sua caminhada seguindo nos propósitos de Deus. No início eram aproximadamente 20 pessoas, que se reuniam em um pequeno local. Atualmente a igreja está localizada na Av. dos Estados, 2998, esquina com a Rua Jamaica, Centro. Saiba mais em: www.igrejaluzdavida.com.br Em Nova Trento a igreja está situada no bairro Trinta Réis.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Então mergulhei no Pará

Sobra bom humor, sobram gentilezas, falta indignação. Sobra gratidão, faltam cobranças.  Por onde começar, fico a me indagar, sem generalizar, apenas compartilhar uma experiência pessoal e, se possível, resgatar um amor,  sem mágoa e dor, o amor por um país com dimensões incomparáveis. Um país desacreditado, que pecado, que precisa urgente de atitudes, necessita ser mudado, necessita ser amado. Necessita romper com os pré conceitos, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, literalmente. Adiante, ao que interessa, afinal meu objetivo aqui não é julgar, nem  muito menos rimar,  mas é demonstrar e te fazer pelo menos pensar que há mais para ver do que você possa crer. Há mais 'preguiça', o bicho preguiça, na mata do que na cidade. Perdoe o clichê, há muitos "Brasis" dentro do Brasil. Sim, pois ir ao Pará significa talvez conhecer o verdadeiro Brasil. A cultura brasileira de fato. Uma culinária exótica, exuberante e peculiar que conquistou o mundo com o título internacional de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Unesco, em dezembro de 2015. E, quer saber, me conquistou também com um cheiro verde único. Do Açaí do seu Caldeira, ao tacacá vendido na glamourosa Estação das Docas, ou os peixes, as ervas e todo o cheiro do Ver - O - Peso, o maior mercado a céu aberto da América Latina, aonde a vida acontece, ou nas barracas como da Edilene na noite de Salinas, difícil não lembrar.

Impossível esquecer do som dos sapos de Breves. Uma cidade de 104 mil habitantes que já não tem mais tantas madeireiras, mas é o cheiro da madeira que predomina. O capim se espalha rápido pelas estradas. O barulho das motos, de Belém à Ilha de Marajó, sem placa e com motoristas sem capacete. Os refrescantes Igarapés. A luz vermelha em Belém indica que tem açaí. O sol quente aparece cedo, mas basta um banho de água fria ou a chuva que forma um grande chuveiro no céu para amenizar o calor. Os rostos se parecem, até que cada um, do seu jeito especial toque seu coração. A música quase não para. Tudo é motivo para comemorar, seja no bar ou em frente às calçadas com os vizinhos e amigos, bora lá beber uma Cerpa ou uma Tijuca chefe, é frase que se ouve comumente.  No geral, apesar dos problemas e das dificuldades diárias, pessoas falam calmamente, sem pressa. Muitas cheias de problemas. Muitas dependendo de horas de viagens de um barco para resolver atividades rotineiras que em outras cidades pelo país resolveriam rapidinho. Falta infraestrutura,  falta compromisso das autoridades, mas sobra esperança e melhor ainda, sobram sorrisos. Falta de hospitalidade?  "Négativu", como dizem por aqueles cantos, quase todo mundo faz de tudo para receber bem, para tratar bem e para ser inesquecível. Égua, Ninguém se incomoda de passar um cafezinho, rapidinho, seja do "meninozinho", aos mais velhinhos.

Dentre as cidades que passei, Belém, Breves -a capital da Ilha do Marajó, Capitão Poço, Ourém, Bragança e Salinas, como esquecer das que eram para ser tão longas 12 horas rumo a Breves de barco, mas a experiência foi rápida, graças a boa conversa do comandante aposentado Flávio Gonçalves de Aquino, 74 anos, conhecedor de cada detalhe de um barco, homem cheio de histórias para contar.  São 60 décadas vividas em viagens entre a ilha de Marajó e Belém. Uma simpatia de pessoa, que mesmo podendo descansar há 15 anos, segue pelas estradas da vida, ou melhor, pelos rios do segundo maior estado do país.

Turismo? Sem cinismo. Quem precisa de destinos prontos com tudo isso e tanto para ser visto? Não é a toa que no Aeroporto Internacional Val de Cans, em Belém, pasmem,  um cartaz na área de desembarque anunciava: “Pará, terra de gente boa”. E, 'ulha', 'égua, tu é doido', põe boa nisso. Que país é esse que desconhecemos, que crescemos achando que sabemos, infelicidade a nossa, mediocridade também. Mas ainda bem que pelas estradas e rios da vida, entre partidas e chegadas percebemos sua grandeza, tanta riqueza em meio a tantos contrastes, que nos assustam, mas também inspiram! E novamente, de repente, a criação de Deus aparece dando tapas na nossa cara.  Agradeço a Deus por ter conhecido cada lugar, cada pessoa, de parentes a amigos e, especialmente, louvo a Deus pela vida do meu amado Eric Jardim, motivo pela qual pude desfrutar dessa experiência maravilhosa. Mais uma vez, Deus realizou mais do que imaginei. E a vida segue, mais no balanço da rede do que no vai e vem dos carros. Até a próxima. Até "Breves".


 





domingo, 1 de fevereiro de 2015

E agora, todos atentos?



Tão importante quanto a discussão sobre a escolha do nosso presidente, o dia de hoje merece atenção.
Desde já antecipo que sou contra a reeleição, mas não só no Executivo. Hoje, ao acompanhar as posses, reflito sobre esses deputados estaduais e federais, muitos deles no quinto, sexto mandato, ou mais....

De cara, vem a certeza que vivemos sim numa baita falsa Democracia, pois dificilmente essas 'personalidades' saem do poder. Quem se arrisca a concorrer contra eles? Quem consegue, quando se sequer muitas pessoas sabem e cobram a função deles? Muitos nem se recordam já, três meses depois das eleições em quem votaram para representá-los na Assembleia Legislativa do seu estado e na Câmara dos Deputados.

A boa notícia, tida para alguns como 'zebra', é que caras como senhor Henrique Eduardo Alves, após 11 mandatos vão embora - que fique claro-nada contra Henrique, mas como alguém fica tanto tempo no poder e pouco se comenta sobre?

Algo que seria temporário, virou profissão para muitos. Lamentável. A vida segue. E os estaduais de FUTEBOL MASCULINO DE CAMPO, começaram. Então, quem se importa?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Monólogo do Natal, de Aldemar Paiva

 Talvez já tivesse ouvido ou lido, mas nunca havia prestado atenção na riqueza destas palavras! Eis mais um motivo de eu não cultivar esta tradição!                                                                    

Eu não gosto de você, Papai Noel!
Também não gosto desse seu papel
de vender ilusões à burguesia.
Se os garotos humildes da cidade
soubessem do seu ódio à humildade,
jogavam pedra nessa fantasia.

Você talvez nem se recorde mais.
Cresci depressa, me tornei rapaz,
sem esquecer, no entanto, o que passou.
Fiz-lhe um bilhete, pedindo um presente
e a noite inteira eu esperei, contente.
Chegou o sol e você não chegou.

Dias depois, meu pobre pai, cansado,
trouxe um trenzinho feio, empoeirado,
que me entregou com certa excitação.
Fechou os olhos e balbuciou:
“É pra você, Papai Noel mandou”.
E se esquivou, contendo a emoção.

Alegre e inocente nesse caso,
eu pensei que meu bilhete com atraso,
chegara às suas mãos, no fim do mês.
Limpei o trem, dei corda,
ele partiu dando muitas voltas,
meu pai me sorriu e me abraçou pela última vez.

O resto eu só pude compreender quando cresci
e comecei a ver todas as coisas com realidade.
Meu pai chegou um dia e disse, a seco:
“Onde é que está aquele seu brinquedo?
Eu vou trocar por outro, na cidade”.

Dei-lhe o trenzinho, quase a soluçar
e como quem não quer abandonar
um mimo que nos deu, quem nos quer bem,
disse medroso: “O senhor vai trocar ele?
Eu não quero outro brinquedo, eu quero aquele.
E por favor, não vá levar meu trem”.

Meu pai calou-se e pelo rosto veio descendo um pranto que, eu ainda creio,
tanto e tão santo, só Jesus chorou!
Bateu a porta com muito ruído, mamãe gritou
ele não deu ouvidos, saiu correndo e nunca mais voltou.

Você, Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou, sem pai e sem brinquedos.
Afinal, dos seus presentes, não há um que sobre
para a riqueza do menino pobre
que sonha o ano inteiro com o Natal.

Meu pobre pai doente, mal vestido,
para não me ver assim desiludido,
comprou por qualquer preço uma ilusão,
e num gesto nobre, humano e decisivo,
foi longe pra trazer-me um lenitivo,
roubando o trem do filho do patrão.

Pensei que viajara,
no entanto depois de grande,
minha mãe, em prantos,
contou-me que fôra preso
e como réu, ninguém a absolvê-lo se atrevia.
Foi definhando, até que Deus, um dia,
entrou na cela e o libertou pro céu.

De Aldemar Paiva

Quem preferir ouvir, confira esta interpretação.
https://www.youtube.com/watch?v=XgVspmERSZ0

domingo, 26 de outubro de 2014

A culpa é dos nordestinos, será mesmo?

Voto superior e inferior, existe? 


Quero dizer primeiro que meu voto também não foi pela continuidade da Dilma, também não morro de amores por Aécio, mas queria mudança, então a opção foi ele. Aliás, continuo a querer, em todas as esferas, não só na Federal.

Não pretendia escrever nada sobre o resultado do segundo turno, mas me impressiona a quantidade de pessoas se 'achando' superior ao culpar os nordestinos pela derrota do candidato tucano. Tudo bem, é inegável a vantagem dela naquele território, mas pera aí, não vamos ser hipócritas. Teve muita, mais muita gente 'grande' interessada que ela continuasse. Gente que só está interessada nos seus interesses. Gente que acredita na 'força' das alianças. Partidos que em nada tem haver com a ideologia já desmascarada petista, mas que por conveniência estão junto. Não fosse isso, os votos de Dilma só estariam no Nordeste e aí não seria reeleita. Vejam que no caso do nosso estado, Santa Catarina, 1.353.808 milhões de pessoas ainda disseram sim para ela.

Então diante disso, não posso acreditar que a culpa seja dos nordestino. Vamos analisar melhor antes de julgá-los. Até porque, historicamente eles são e foram bastante explorados, não é de hoje que 'usam' e 'abusam' da miséria deles. Gente que inclusive teria o poder de mudar essa realidade, mas opta por explorá-los mais.


Nós seres humanos seguimos mesmo campeões em culpar o outro, quando na verdade somos coniventes com um monte de coisa.


Mas, como para tudo sempre há algo positivo, a boa notícia é que a maioria da população parece estar mais atenta e querer participar mais da política, afinal eleição é a cada dois anos, nesse caso, quatro. Que sigam os debates, mas por favor, sem desmerecer o voto de ninguém! Ótima semana a todos!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O dia em que o baiano de São João Batista conheceu o irmão


Roberto dos Santos, 26 anos, tem ao todo 16 irmãos, 11 por parte da mãe, e 5 por parte de pai, mas um deles ainda faltava conhecer


Há 8 anos, Roberto dos Santos, 26 anos, o Baiano, decidiu visitar uma prima em São João Batista e pela Capital Catarinense dos Calçados se apaixonou. Não quis mais voltar para casa dos pais e em São João Batista logo constituiu família. Mas, em Irará, cidade com cerca de 20 mil habitantes, na Bahia, deixou um coração aflito, o da mãe Matilde Cerqueira Portela. "Minha mãe dizia sempre, já não sei mais onde está um filho, agora parece que perdi outro ", comenta.

Ele relata que essa manifestação da mãe, sempre o deixava angustiado, pois afinal também queria saber onde estava esse irmão, que saiu de casa antes mesmo de Baiano vir ao mundo. "Quatro anos antes de eu nascer, meu irmão Renato Portela Filho foi morar com um tio nosso em Uberlândia, Minas Gerais. Ele tinha apenas 13 anos e nunca mais retornou".

Baiano conta que o assunto começou a inquietá-lo demais, por conta disso, há um ano, resolveu sair em busca do irmão desconhecido. De primeira, resolveu ir ao cartório eleitoral para saber se o irmão havia votado na última eleição e buscar mais dados. "Lá, eles até acharam ele, mas não poderiam passar o endereço", diz.

Dessa forma, persistente, Baiano ligou para companhia elétrica de Minas Gerais. Por telefone descobriu o endereço do irmão e antes de comprar a passagem, fez algumas ligações e pesquisou no Google Earth a casa de Renato.
Foi então que no dia 19 de setembro, mesmo com certa desconfiança ele pegou o avião e, pasmem, já no táxi pelas ruas de Uberlândia, pediu para que o taxista parasse que achava conhecer um rapaz na frente de uma das casa que haviam passado. "Reconheci meu irmão antes mesmo de tê-lo visto uma única vez. Foi um momento de muita alegria", confessa.

Depois de chorarem juntos, Baiano descreve que ligaram para a mãe, que ficou bastante emocionada e agora não vê a hora de ver o filho perdido. Segundo Baiano, no fim deste ano, o reencontro acontecerá.  Ele diz que num momento da vida, o irmão que está agora com 43 anos, quis voltar, mas não conseguia achar o caminho de retorno. "Estou muito feliz, meu irmão é uma pessoa maravilhosa, que lutou e luta muito para viver. Digo a todos, não desistam do que almejam".